sexta-feira, 14 de março de 2014

Vivemos esperando dias melhores...




A vida de mãe é uma caixinha de surpresas. Aliás, o bebê é uma caixinha de surpresa!

Beatriz é muito geniosa. Acho que já vi essa história antes e ela deve se repetir. Aquela frase maldita "quando você for mãe, você vai me entender" está valendo desde já, pelo menos no meu caso. 

Quando Beatriz sofreu com as cólicas, o conselho que mais ouvi foi pra oferecer a chupeta, porque ela acalmava. Fato é que Bia nunca curtiu. Desde os 10 dias de vida enfio a chupeta na goela da menina e ela cuspia, fazia cara de ânsia, chorava ainda mais alto e com mais raiva. 

Outra guerra era quanto a mamadeira. Tirava meu leite quando precisei sair, deixava bonitinho e nada dela pegar. Era só meu peito pra acalmar. E aí a dependência crescia e a minha vida ia sendo deixada de lado.

Mas pela minha filha, qualquer sacrifício vale. Larguei mão de fazer unhas, sobrancelhas, enfim, larguei mão de mim inteira pra me dedicar a ela. Não forçava a menina a nada, mas nunca desisti. 

Para mim, as coisas eram mais fáceis. Se a criança quer sucção, nada melhor que ter uma ali, a disposição, mas talvez aquele gosto de silicone - ops... quer dizer... - aquela textura de borracha das chupeta/mamadeira não era tão gostoso quanto o peito da mamãe.

Eu amo amamentar. É realmente a maior ligação com minha filha. Que atire a primeira pedra a mãe que nunca usou desta 'desculpa' pra pegar a filha no colo e ficar sozinha só pra ter um momento íntimo???? 

Cena: filha no colo de alguém, provavelmente chorando muito (ou por estranheza, ou por ranhetice) e você, mesmo tendo acabado de amamentar, solta:

- Ah, acho que ela está com fome, deixa eu ver se ela não quer mamar.

Funciona... (#ficadica)

Chega de enrolação. Deixa eu ir direto ao ponto que quero. 

Minha filha não está engordando o suficiente. Tenho leite, mas talvez um refluxo oculto esteja impedindo a pequena de ficar bolotinha. Então por isso a doutora pediatra pediu para eu entrar com o suquinho de laranja lima. (aqui não vou discutir amamentação exclusiva, engordou um pouquinho então tá bom... essas extremidades que eu leio por aí, porque eu respeito, mas também exijo respeito) A doutora prezava pela amamentação exclusiva até os seis meses, mas se ela pediu pra entrar com o suco, eu vou entrar e pronto.

Mas acontece que eu teria que usar a mamadeira. Tremei, mãe Lívia, tremei! O que fazer agora??????

Primeira tentativa, falha. Foi na colherzinha, pingo a pingo, aquela sujeira... mas o mais emocionante nesse dia foi ela ter ADORADO o suco! Bia é chatinha, toda novidade chora, se irrita, estranha... então ter gostado de um sabor diferente me fez ver uma luz no fim do túnel.

Como eu disse, a vida é uma caixinha de surpresa. Assim como eu SEMPRE ofereci a chupeta pra minha bebê - cabia a ela aceitar ou não - eu também SEMPRE oferecia a mamadeira. Mais importante que o bico, ela precisava entender que meu peito não estaria ali pra sempre, seria um tanto bizarro.

Depois de quatro dias, encostei a mamadeira na boquinha pequena e perfeitinha e... chup chup... ela entendeu e aprendeu (confesso aqui que chorei!). Dia seguinte resolvi testar com a chupeta, já que eu já tinha entregado o ato de chupar o dedão pra Deus, e... chup chup... ela pegou! 

Mas... a vida... ou melhor, o bebê, este sim é uma caixinha de surpresa! No dia seguinte não quis mamadeira, e também rejeitou a chupeta, mas depois pegou, e largou e assim tem sido.

Acho que realmente a paciência é uma virtude para poucos. E eu estou no setor: "Criado sem paciência, mas aprendendo com o bebê". 




Ontem ela estava difícil e eu briguei com ela. Nós duas dormimos a tarde e quando ela acordou, olhei nos olhos dela, pedi desculpas e um sorriso caso ela me perdoasse. Ganhei o sorriso banguela mais lindo deste mundo... e aí, todo esforço vale a pena... pensem nisso!

Minha dica é: Não force, não insista, não se desespere, mas persista. Uma hora as coisas se encaixam. Senão, é porque já estão no lugar!

E se você quer rotina, não tenha um bebê.

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2 comentários:

  1. Adoro como você expõe seu dia-a-dia sem nenhum pudor ou preocupação, Li.
    Eu era tão diferente nos primeiros meses da Malu... Me preocupava tanto em parecer uma mãe perfeita para os outros... e pra quê? O que ganhei com isso? E será que alguém acreditou que eu era perfeita mesmo? Com certeza não.
    Por isso, acho lindo o jeito como expõe suas inseguranças e como gosta de abrir pequenos pontos para colocarmos nossas vivências.
    Te admiro demais. Eu como mãe de primeira viagem tive receio de me expôr e pensarem "mal de mim". Que pena! Um belo "que vá a merda" resolveria muito dos problemas se eu mandasse a todo mundo que viesse "me corrigir" por saber que eu não estava fazendo como o "padrão mandava".
    Viva!!! Viva ser mãe por inteiro, com todos os erros e com todo esse amor transbordante que nos domina!!!

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  2. Puxa!!! Realmente tudo é um ato de amor e paciência quando se trata de maternidade! O Henrique pegou a chupeta assim que chegou da maternidade!!! ... mas paciência, temos que ter para tudo quando viramos mães!!! Beijos...

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