quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Because maybe you're gonna be the one that saves me...


Hoje vou contar em forma de diário todo processo de adaptação da Beatriz na escolinha. Como o processo demora alguns dias, vou dividir o post em dois para que possa detalhar para vocês as situações que vivenciei.

A adaptação começou semana passada e, ao que tudo indica, deve finalizar até o fim desta semana, mas isso varia muito de criança para criança, de mãe pra mãe, de escola para escola.

A saber: Quando fiz a matrícula, ela teria idade (1 ano e 2 meses) para ir para o berçário. Porém sua evolução nos últimos dois meses foi tamanha que, por já andar e ter um certo tipo de 'independência', ela vai direto para um grupo chamado 'mini-maternal'.

1º dia: 
Ficamos durante uma hora brincando com a 'tia', eu tentava ficar fora do campo de visão para que ela não me visse, apesar de não ter sido solicitado que eu fizesse isso. Em nenhum momento ela procurou por mim, chorou porque bateu a cabeça, mas vi que não foi nada demais e logo passou, em pouco tempo a tia já tinha distraído novamente.

2º dia:
Tive uma reunião em São Paulo e, para não perder o dia, pedi que minha mãe a levasse. Já que estava acostumada com a avó, acreditei que seria quase a mesma coisa, mas isso também pode ter sido um problema: por ficarem juntas o dia todo, talvez Beatriz tenha sentido muito mais a ausência e chorou demais. Minha mãe teve que ficar do lado o tempo todo, durante uma hora.

3º dia:
Tudo indica que ela já está entendendo o processo - e eu também! Fiquei duas horas esperando numa sala onde ela tinha acesso e podia me procurar caso sentisse minha falta. Então toda vez que ela chorava tinha a liberdade pra vir ao meu encontro. Esse processo foi feito para que ela sentisse confiança na escola, e saber que eu estaria lá para buscá-la. Os choros dela me cortavam o coração, mas eu sei que precisamos passar por isso.

4º dia:
Mais duas horas de adaptação, esperando numa sala. Neste dia o mais difícil foi aceitar que querer nem sempre é poder. Ouvir chorar e não poder dar aquele abraço de conforto, sem saber se comeu direito, se está tomando água, se está se divertindo. O jeito foi aguentar e confiar! Também foi um dia de apertar o coração... vi as tias cuidando da pequena e, por mais carinho que houvesse naquela cena, me dei conta de que era outra pessoa fazendo uma coisa 'minha', surgiu aquela sensação possessiva de 'ela é minha! Tira a mão dela! Assim ela vai gostar mais de você do que de mim!' Fato é que não, ela não vai! E volto com o pensamento de que é necessário passarmos por isso...

5º dia:
Deixei Beatriz na porta da escola e saí. Ela chorando de um lado, eu atravessando a rua e contendo meu choro do outro... Foi muito difícil não derramar uma gota de lágrima, mas o peito apertou angustiado, amedrontada... Realmente é mais dolorido para a mãe. Passei 1h40 fora, tentando não pensar - e aqui agradeço ao meu amigo Guilherme que tem uma loja do lado da escola e me fez companhia durante o período -, mas pegava o celular de tempo em tempo para me certificar de que não havia nenhuma ligação perdida. Voltei e não ouvi nenhum choro - ufa! Mas soube logo que ela chorou muito e sempre ia me procurar na sala que eu a esperava. Deixaram ela entrar no berçário e, não sei se o contato com os bebês ou o cansaço, parou de chorar.

Na próxima semana conto mais sobre a finalização do processo e algumas observações que fiz durante esses dias. Mas de antemão confesso que achava que o processo seria doloroso no início e depois ficava mais fácil, só que não!

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Um comentário:

  1. Olá, também estou passando pelo processo de adaptação do meu filho na creche esta semana, confesso que esta sendo bem difícil, tal como o seu...
    Estou te seguindo, se quiser me conhecer melhor segue o link do meu blog.
    Bjs da Lidi

    http://blogdalidianaleite.blogspot.com.br

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